segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Novamente...

Hoje, acordei novamente com saudades. Não das minhas baladas, das correrias de escola e trabalho. Estou falando de mamãe.

Coisa boa acordar com aquele beijinho no rosto, ou ir dormir acompanhada daquele abraço que me dava paz. E, que paz!

O mundo, nossa... era 'multi-color', era lindo, era tuuudo! Tudo de bom, tudo de lindo, tudo de melhor que poderia existir. À não ser pelo fato de ela ser Gremista... (Risos) Mas, ela era parceira, não ria de mim quando o Inter perdia, mas, fazia a maior festa quando o Grêmio ganhava! *-*
Mesmo que ela risse de mim, dava TUDO para tê-la novamente ao meu lado. Para comer mais uma vez as rosquinhas assadas, a pizza de atum, a nega maluca, o bolo de cenoura... Todos dizem que eu faço iguais aos teus mamãe. Pode até ser, pois, faço com o mesmo amor e com a mesma dedicação. Mas, o que os diferencia, para mim, é o gostinho do TEU amo e da tua decidação que eu não posso mais sentir.
Do mesmo modo, que não consigo mais sentir os teus dedinhos, delicados, acariciando meu rosto. Minto! Esses dias, posso afirmar que encostastes em mim. Não, não foi em sonho! Apenas cochilei e, quando abri os olhos, tu foi. Voltou pra longe de mim e, senti algo mexer em meu rosto. Era uma lágrima, que caiu. TE AMO.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

White Horse - Taylor Swift

Mais uma musiquinha de "mulherzinha" que retrata um momento da minha vida...

'Cause I'm not your princess. This ain't a fairytale.
I'm gonna find someone some day, who might actually treat me well.
This is a big world.
That was a small town, there in my rearview mirror disappearing now.
Now it's too late for you and your white horse tocatch me now.'

sábado, 8 de agosto de 2009

Peço desculpas!

Logo que montei o Blog, a empolgação era tremenda. Aos poucos fui caindo no relaxamento, não escrevia mais e, parece-me que a inspiração está num jogo de vai e vem. Ora entra, outrora sai. Não estou mais compreendendo o que se passa dentro desta caixola! (Risos)
Por isso, peço desculpas aos leitores, assíduos ou não, deste humilde Blog.
Logo que ingressei na carreira política, enxergava-me sentada na cadeira presidencial, lá no Palácio da Alvorada, em Brasília. Lutava com unhas e dentes contra a oposição, gritava, esperneava defronte ao Palácio Piratini, em Porto Alegre (sede do governo do estado), defendendo as causas sociais, as greves do magistério, as paralisações dos servidores das diversas classes que compõem a sociedade. E, ai de quem ousasse falar mal do meu Partido Político, de algum dos integrantes dele, e do Presidente Luis Inácio Lula da Silva (O CARA!). Se alguém abrisse a boca, o "forróbodó" estava feito. Encaranava a "Palmira", e mandava chumbo. Os anos foram passando (e não foram muitos, não!), e eu, decepcionei-me com tantas coisas. Dentro e fora do Partido, com a sociedade que não se preocupa mais com bem comum e com diversos 'etecéterás', etc.!
Por isso, peço desculpas ao Ilmº Sr. Presidente Luis Inácio Lula da Silva, por minha falta de fibra para defender seu governo, que sem dúvida alguma, é o melhor que o Brasil já teve.
Peço desculpas aos integrantes do Partido dos Trabalhadores, por meu afastamento das atividades internas e externas.
Peço desculpas a sociedade, por este colapso que tive quando pensei que eu não posso fazer nada para ajudar. Posso sim! Posso mais do que pensava. O meu grito, meu desabafo, meu pedido de socorro, é a voz de muitos daqueles que não têm voz ou energia para protestar.
Logo que me formei no Ensino Médio, prometi aos meus colegas que nunca os esqueceria, que sempre entraria em contato, que estaríamos juntos sempre! Mas, as coisas foram mudando, tomamos rumos diversos e perdemos o contato. Por isso, peço desculpas aos meus colegas, amigos e professores por ser relapsa, por não ter entrado em contato, por ter sumido por um tempo; Porém, nunca esqueci de você, sempre trago-os no lado esquerdo do peito e em minhas orações.
Peço desculpas a uma amiga em especial, Lisiane da Silva. Desde 1998 nos conhecemos. São onze anos de amizade. Estudamos juntas, fizemos festas, dividíamos salgadinhos na escola, refri, levávamos balas e pirulitos uma para a outra, ouvíamos o que a outra tinha a dizer e o mais importante, nunca brigamos, nunca nos separamos; Enfim, fomos as melhores amigas que duas gurias poderiam ser. A vida das duas mudou bruscamente, começamos a estudar em turnos diferentes, nos distanciamos um pouco e hoje, ela mora nos Estados Unidos da América. Realizando um sonho e vivendo um amor, no mais puro sentido da frase. Por isso, peço desculpas amiga, quando pensei que tinhas esquecido de mim, quando cogitei que não me amavas, quando chorei a tua partida, sendo que era para ser um vôo de alegrias. Te amo. Desculpas por sentir a tua falta e aguardar ansiosa o teu retorno.
E, por fim, peço desculpas à Deus, por tantas e tantas vezes duvidar da veracidade de Sua palavra. Peço desculpas para aqueles que passaram em meu caminho e, que por algum motivo, tenham ficado magoados comigo. Peço desculpas a mim mesma, por todas as vezes que não acreditei em meu potencial e pelas vezes que me menosprezei.





Nelson, pra ti.

Quando nos conhecemo de verdade, passei a te admirar. E, entre trancos e barrancos, nossos corações foram se juntando e passei a te amar. E tu, me amas?
Não sei a resposta, nem sei se saberei. És volúvel, mudas de opinião rápido. Como quem muda de time. Por falar em time, odeiiio todas as vezes que ligas pra mim quando o Inter perde. Fico irritada, choro, mordo os dedos e, mesmo assim, ainda fico feliz por saber que lembras de mim, por saber que ainda és aquele gurizinho que encomoda quando gosta de uma guriazinha! (risos!)
Tudo contigo sempre foi melhor... Ir pra praia, ficar em casa, ter um dog, dormir de conchinha... Mas, infelizmente a vida nos prega peças. Só que desta vez, foi bem pregada, foi bem martelada a peça. A separação surgiu, e o amor, danadinho, não sumiu.
No fundo do meu coração eu tenho a certeza de que me amas; Só não consigo entender como nossas formas de amar sejam tão diferentes. Eu, por exemplo, te quero a todo instante, e tu, me queres quando dá na telha, quando decides dar e receber carinho.
Somos carentes Nelson, porém, nossas carências são distintas. Sou carente de alguém e tu, és carente de alguénS! Complicado isso, quando o objeto de amor divide-se em partes. Quando é assim, não chamamos de amor, chamamos de amizade. E, no teu caso, amizades coloridas. (mais risos!)
Lembro-me que sempre dizias, "se vais esquecer, escreve!"; Acho que escrevi, ou melhor, tatuei em meu peito quando abrias tua boca e repetia: "Te amo minha pincesinha, és a mulher mais linda que eu já tive em toda a minha vida."; Acabei acreditando e, talvez, quem sabe, me iludindo com isso tudo. Mas, o que mais marcou, não era o fato de que tu erguia minha auto-estima, e sim, quando fazias planos para eu ser a mãe da tua baby, da Tássya! Que sonho né?! Tenho a impressão de tê-lo sonhado sozinha.
Os dias vêm e vão e não te decides. Não te posicionas à respeito de nós. Vou esperar. Quem sabe um dia essa tua adolescência passe e possamos ser felizes. Pelo visto vai demorar, mas, o tempo é sábio. Ele, com certeza, sabe o que faz. Ele é a medida do amor. Se os dias forem passando e cada vez mais sentires minha falta, sou eu sim, a escolhida pelo teu coração para passar o resto dos teus dias contigo. Mas, se ficares indiferente, saberei a resposta.
Mágoas? Não guardo, não tem o porquê. Algumas vezes, na verdade várias, sinto raiva. Raiva por não ouvir a voz que dizia que não seria diferente contigo, que me abandonarias como qualquer outro.
Provei pra ti, Deus e todo mundo que o que eu realmente queria era carinho. Não era dinheiro, não era casa, não era comida, muito menos qualquer tipo de bens materiais. Era amor, era atenção. É o que eu pocuro. É o que eu demonstro. Até mesmo, porque sou capaz de adquirir minhas coisas e batalhar por tudo o que quero e, mostro isso diariamente. Só pelo fato de querer viver e não deixar-me abater pelas coisas que foram acontecendo ao longo dos anos, sou uma vencedora.
Não me peças pra parar no tempo. Espero quanto tempo eu quiser. Porém, não esquecendo de viver e ser feliz. Não vou mais medir minha vida pelos teus passos, não vou mais chorar pelo leite derramado. Vou deixar acontecer. Vou fazer acontecer.
Não posso me basear nas tuas atitudes, porquê não quero mudar minha maneira de agir, de ser, de pensar. Não deixarei meus amigos de lado, não mais! Não deletarei meu perfil no Orkut porque fulaninho disse que me adora, ou porque as fulaninhas ficam de ti-ti-ti para você. Elas que se danem, que cuidem da vida delas. Que sejam felizes, buscando um amor. E se o amor delas for você, ótimo! Que elas lutem e batalhem por tudo o que tens a oferecer... Mas, que vença a melhor!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

As aulas...

Recentemente ele completara quarenta e dois anos. Professor, Mestre, Doutor e, todos os outros "títulos" que alguém pode ter, ele tinha. Dedicou mais da metade de sua vida ao estudo. Exímio em Literatura, Língua Portuguesa e em duas ou três Línguas Estrangeiras. Emanava inteligência. Seu suor não era molhado, saía em forma de palavras expressas no quadro negro.
Ele era cheio de atividades, lecionava Inglês pela manhã em um Colégio renomado na capital gaúcha, nas noites, lecionava letras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e, nas tardes livres, fazia caridade. Você deve estar pensando, o que este homem tão atarefado poderia fazer de caridade; Como diz o ditado: Cada um ajuda com o que tem, com ele não era tão diferente.
Nas tardes livres, ele dava aulas particulares para jovens que não tinham condições de se prepararem para o vestibular da tão temida UFRGS. Eram jovens de classe média, que realmente tinham potencial. Ficava nitidamente estampada a gratidão nos olhos daqueles jovens, de idades, moradias e culturas diversas.
Roger, o professor, tinha uma estante cheia de cartas e lembrancinhas que ganhara dos tantos alunos que já passaram tardes estudando. Na escrivaninha, um porta-retrato com uma foto de um encontro de ex-alunos dele; Os sorrisos, carregados de alegria, demonstravam o orgulho e a satisfação daqueles homens e mulheres, eternos adolescentes, com um canudo na mão, exercendo sua profissão e realizados.
Dentre tantos, sempre havia um ou outro que se destacava mais; Seja pelo dinamismo, pelo desempenho e até mesmo pelo esforço que eles faziam para mostrarem-se os melhores e dignos daquela ajuda. Cada um que passou por lá, deixou um pedacinho de si e levou um pedacinho de Roger, uma parcelinha do conhecimento daquele homem maravilhoso, gentil e educado.
No ano que se iniciara, novos alunos surgiram, dentre eles, uma garota; Simpática, sempre sorridente, dedicada e super, mas super comunicativa. Tinha um sonho... Formar-se em letras. O que, despertou em Roger o desejo de ajudá-la mais ainda, pois, era o campo dele, a àrea dele, tudo o que ele mais gostava de fazer e, encontrou uma discípula!
No instante em que notaram as afinidades, Roger fantasiava como seria maravilhoso ser homenageado por ela, quando a mesma estivesse com o canudo na mão. E ela, ... Bem... Ela fantasiava outras coisas, tinha outros planos.
Cada vez que olhava seu professor, sentia calafrios, sentia-se envergonhada, sentia suas mãos suarem e seu corpo estremecer. A voz de Roger, soava aveludada em seus ouvidos. Deixara de ser admiração de uma estudante por seu mestre e, passara a ser atração de uma mulher por um homem. 'E que homem!' - pensava ela com seus botões.
Aquela guria que andava de All Star e trancinhas, passou a calçar salto alto e a deixar os cabelos soltos. Lindos. Cabelos loiros, lisos, brilhantes como o sol, no meio das costas. Os olhos amendoados eram realçados com um delineador escuro, os cílios, sempre retocados com rímel bem preto, dando um ar de mistério e maturidade àquela menina, que decidira passar para um estágio superior e tornar-se mulher.
Todas as quintas e sextas-feiras à tarde, Roger e Clarissa, a aluna, encontravam-se em um café (leia-se cafeteria), situado em um shopping de Porto Alegre, onde ficava uma antiga fábrica de cerveja. Antes das aulas, sempre sentavam por alí e tomavam um delicioso Ice Capuccino (uma espécie de café gelado, com calda, etc., só encontrado nas melhores cafeterias), o preferido dos dois, e o mais estranho de tudo é que os dois sempre frequentaram o Café e sequer haviam se cruzado.
Por essas e outras, que Clarissa trazia consigo a idéia de que o Universo conspirava sempre à seu favor; Era adepta à teoria de que tu atrai aquilo que pensas, a força do pensamento é que move o Universo, etc. 'Pode parecer bobagem mas, tem seu fundamento.' - explicava ela para as amigas.
Naquelas tardes em que encontrava seu professor, Clarissa sentia seu coração maior que o próprio peito, sentia as pernas trêmulas, as mãos sem saber o que fazer, ficavam brincando de estralar os dedos e, os pensamentos... Esses voavam! Lado à lado com os pássaros que migram para o Sul quando surge o inverno.
Os pensamentos de Clarissa, não tinham mais freios. De cá pra lá, dalí pra cá e acolá! Iam além. A garota não sabia mais se prestava atenção na aula, ou, se dava atenção aos devaneios que tomavam conta de sua mente; Todos, sem exceção, eram acerca de Roger e o que poderia acontecer quando o mesmo descobrisse as intenções de sua aluna.
Ela documentava tudo em uma caderneta com a capa dourada, diferente de um diário porque não era cadeado e muito menos guardado à sete chaves; Além do mais, ela escrevia quando bem entendia, não era diariamente. Por essas e outras, definitivamente não era um diário.
Os dias iam passando e ficava cada vez mais visível o interesse dela pelas aulas, porém, o que Roger não percebia de jeito nenhum, era o interesse de Clarissa nele; Até o dia em que recebeu um bilhete anônimo dizendo:
"Roger,
Sonhei contigo esta noite, como em tantas outras. Pensei que seria mais um sonho sem açúcar, sem sal. Porém, este foi diferente. Não tinha gosto de Ice Capuccino, muito menos dos pãezinhos de queijo que comemos juntos nas tardes em que nos encontramos.
Tinha um gosto diferenciado, de suor e beijo na boca. Claro que não era o gosto de qualquer beijo, eram os nossos beijos, nossos gostos misturados, tranformados em um só sabor e, nossos corpos entrelaçados, transformados em uma só figura; Retratada por meu subconsciente.
Não fazíamos sexo, não fazíamos amor, era prazer. Puro prazer. Eu, uma ninfeta de apenas 18 anos, tu, o mestre. Realizando apenas uma fantasia, das tantas que habitam tua mente. Do meu corpo, tu extraiu minhas forças e meu desejo. Poderia parar de procurar em outros corpos o ápice do prazer, pois, mesmo que somente em sonho, posso afirmar que senti. Senti minha alma sair do corpo quando penetravas fundo em mim, pensavas somente em aquecer teu membro rijo e, pensavas também, como poderia ser tão prazeroso sentir um corpo, quente e úmido, doando-se por inteiro.
Nos entregamos um ao outro, fomos além do prazer. Descobri sensações que ninguém havia me apresentado e tu, redescobristes o tesão. Tesão com 'tê' grandão, porque foi mesmo! Perdemos o fôlego e as estribeiras. Não te importavas com o fato de ter que olhar meu rosto na tarde seguinte, muito menos, com o fato de eu estar completamente apaixonada.
Bastava um ou dois toques para umedecer ainda mais minha vagina, na medida em que isso ia acontecendo, deslizavas com mais facilidade, tornando o ato cada vez mais gostoso, com mais sabor. Quando passei a língua em teu queixo e fui descendo até o pescoço, mordendo de leve o lóbulo de tua orelha, senti tuas pernas tremerem.
Pensei que estavas perto relaxar entre minhas pernas; Estava enganada amado, apenas aguçara mais o teu desejo por me comer. Sim. Me comer. Como falam as 'mulheres da vida'. Não era o que querias?! Estavas tendo alí, naquele instante, em meu sonho, que compartilho contigo agora e passa a não ser apenas um sonho, mas, nosso segredo.
Cada nova posição, cada gemido, cada sussuro em meu ouvido, era como se estivesse me passando lições, deveres de casa. Eu era o quadro-negro, tu o mestre, que continha o artefato que, como num passe de mágica, riscava a lousa e a deixava um tanto mais interessante.
Queria aprender mais contigo, queria sentir mais aquela sensação estranha, porém gostosa, que senti quando passavas a língua vagarosamente sobre meus mamilos, deixando-os tesos. Lhe implorei para que apertasses mais forte minha cintura, para que beijasses minha barriga, para que nunca mais saísses de dentro de mim.
Sei que depois que ler este bilhete, não vais precisar pensar muito até descobrir quem enviou. Afinal, sabes perfeitamente a capacidade de cada uma das tuas alunas e a maneira de se expressar de cada uma. Mas, fique sabendo que tomei a liberdade de não participar mais das aulas. Para que não te sintas constrangido com meus olhares de desejo ardente.
Não contarei o fim do sonho, pois, tenho em mim uma pontinha de esperança, de que irás procurar-me para deleitar-se em meu ser. Sei que posso estar fantasiando, e certamente estou; Mas, obrigada por tudo."
Acabou alí, aquele entusiasmo que Roger tinha ao encontrar com Clarissa, aquele encantamente que ele tinha acerca do fato de ela querer seguir o mesmo caminho por ele traçado. Era ela, com certeza. A letra, a capacidade de expressar-se se a mínima vergonha, sem o mínimo pudor.
Apesar dos pesares, estava genial, Roger chegou a excitar-se com o que leu minutos antes. Mas, não poderia ter um fim alí. Ele não aceitava e ao mesmo tempo não tinha coragem de ir atrás da garota, ou mulher... Enfim, não sabia mais o que ela era, tamanha era a impressão de confiança e de capacidade de tornar aquilo real, que ela deixara transparecer em suas frases.
Por um instante a decepção tomou conta de Roger, que já não sabia mais quem era quem. Se o papel de adolescente impotente caberia à ele, ou... Ah! Diabos! Nada mais vinha em sua mente, senão a frase: "Senti minha alma sair do corpo quando penetravas fundo em mim, pensavas somente em aquecer teu membro rijo e, pensavas também, como poderia ser tão prazeroso sentir um corpo, quente e úmido, doando-se por inteiro.", ou qualquer outro trecho do bilhete o deixava desnorteado.
Foi deitar e, ao recostar-se, deixou o papel cair no chão. No verso, continha apenas uma frase, escrita com caligrafia bem feminina e em letras cursivas: "Não te preocupes. Encontrei o bom e velho livro para me auxiliar nos estudos. Vou ingressar na UFRGS, podes ter certeza. Seremos colegas ainda."
Naquele exato momento, Roger fechou os olhos e adormeceu. Sonhou com algo parecido ou tão prazeroso quanto o sonho de Clarissa. Acordou com a impressão de ter realmente vivido aqueles momentos que definia como, indizíveis.
Se ele encontrou com ela por algum lugar? Nunca. Mas, uma coisa ele tinha encontrado, com certeza. A primeira mulher que o fez perder o fôlego, sem nem mesmo encostá-lo.