segunda-feira, 15 de novembro de 2010

10/Outubro/2010

Me resguardo em meu silêncio. "Se eu tivesse vivido um só dia com você, levaria comigo essa fotografia, só pra te ver". Me alimento das lembranças. Sobrevivo delas. Logo será o dia das crianças. Que presente eu poderia te dar? Uma descrição digna em tua lápide?
Desculpe-me o desleixo filho, são as contas, os problemas e as cobranças terrenas que não me deixam tempo. Mas, não. Não penses que te esqueci. Te lembro a todo momento, todo instante.
Continuo chorando. Por favor, não me repreendas. É a saudade que está calejando meu coração. E teu pai também, pudera né?! Não toma jeito aquela criança grande, nem sei o que fazer para mudar as coisas.
Quero tantas coisas ao mesmo tempo gurizinho. Quero ser criança novamente, quero ser atriz, cantora, Presidente. Quero viver, intensamente, loucamente, bravamente. Mas, urgentemente, quero morrer, pra te ter em meus braços.
Te amo Danielzinho. Te amo meu filho.